domingo, 3 de abril de 2011

Ritual Celta.

Nas antigas culturas existe uma pela qual eu confesso que sou apaixonado, é a cultura celta, pela beleza em sua mitologia. A forma dos antigos celtas entenderem o mundo é realmente algo que me fascina, a imagem por eles criada do cosmo é de uma beleza inigualável. Dentro do estudo desta cultura, a parte que mais me chama a atenção é a sua religião, cheia de figuras mitológicas. Quem nunca ouviu falar de Thor o herói das estórias em quadrinhos e seu pai o Grande Odin, pois bem são todos personagens de cultura celta.
Com isso quero neste artigo fazer uma rápida apresentação do ritual celta, porém quero deixar claro para aqueles fanáticos fundamentalistas religiosos protestantes, que o fato do meu interesse por uma religião pagã, não indica que eu seja um pagão (não gosto deste termo, mas para um esclarecimento o usarei) ou um sincretista religioso, pois a única coisa que faço aqui é estudar o fenômeno religioso dos celtas.
Desde 600 a. C, os povos celtas tinham um alfabeto denominado OGHAM (pronunciado OWAM), considerado sagrado e usado somente para escritos e gravações especiais. Somente os iniciados aprendiam esse alfabeto.
Para escritas comuns usavam o alfabeto grego. Durante a invasão romana, a igreja católica trocou o alfabeto agham pelo alfabeto latino. Saint Patrick queimou pessoalmente 180 livros irlandeses escritos em ogham. (Depois são os protestantes que acabam a cultura de um povo, os índios do Brasil que o diga). Tudo que a Igreja católica encontrava sobre os druidas e os celtas eram imediatamente destruídos. Contudo, o alfabeto ogham vingou até mais ou menos 700 d. C. As mensagens eram passadas através de códigos por movimentos com o nariz, pernas e braços, silenciosamente e secretamente representando o alfabeto ogham.
Os celtas possuíam três leis principais dentro de seus ensinamentos:
·         Cultuar os deuses.
·         Não fazer o mal.
·         Ser forte e corajoso.
Eram extremamente religiosos, por isso os rituais faziam parte de suas vidas. Durante os rituais eram servidos pães, vinho, frutas e carnes, dentre outras coisas. A carne preferida entre eles era o carne de porco, pois era preferida do deus Lugh.
O carvalho e o visco eram plantas sagradas. Segundo pesquisadores o azevim simbolizava o sangue menstrual por ser uma planta vermelha; e as frutas do visco por serem brancas, simbolizavam o semêm. Os rituais de fertilidade faziam parte das cerimônias dos deuses do carvalho e do visco, os sacerdotes e as sacerdotisas se entregavam no momento dos rituais (Tais praticas ainda acorrem em algumas religiões que se baseiam nas tradições celtas). Durante as cerimônias, os sumos-sacerdotes usavam mascaras com chifres simbolizando o deus Cernutos (Bretanha) ou Cornutos (Irlanda). Era o símbolo de virilidade necessária a fertilidade.
Era esse deus que abria os portões da vida e da morte. Era o lado masculino e ativo; a forma mais antiga de deus no mundo para os celtas. A contra-parte feminina de Cernudos era a deusa Nua da Lua Branca; é a grande mãe que cria o passivo, o feminino da Natureza.
As celebrações eram realizadas à noite, já que o dia celta começava a meia- noite. Por isso, eles contavam o tempo por noites, e não por dias. O calendário celta era baseado na lua e tinha 13 meses. Todos as feriados sagrados aconteciam em solstícios, equinócios e fases lunares.        
    


2 comentários:

  1. Gostei do artigo. Agora surgiu uma dúvida: Na cultura da religião Celta havia a dualidade bem versus mal? Quero dizer: Nas religiões cristãs existe Deus e o Diabo. Para os celtas também havia algo do tipo ou uma figura que personificasse o mal?

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  2. Valhala é nordico, os celtas acreditavam no país do verão terra dos deuses e das fadas, mais uma parte que foi adotada pela wicca no seculo XVIII, os celtas, também acreditavam também em reencarnação e que dava para ir para o país do verão ou outros paraísos onde os deuses e seres sobrenaturais viviam, sem precisar morrer e que da para voltar de lá, mas como nesses mundos o tempo corre de maneira diferente, as vezes quando se volta, o corpo morre. Para ir para estes mundos precisava-se somente desejar algo forte ou estar em estado de meditação ou desespero, lendas de mitologia celta principalmente os contos irlandeses contam como funciona isso.

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