quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Homem está morto.

Penso que a humanidade tem se considerado evoluída a cada momento que se passa, a cada dia vemos a tecnologia avançando para o “bem estar” do homem. O homem com seu espírito indomável têm a cada dia se divinizado com suas descobertas na área da tecnologia, é este homem que deixou tão somente de ser homo sapiens para ser homo faber. O termo homo sapiens enfatiza a característica humana de conhecer a humanidade, de ter consciência do mundo e de si mesmo, homo faber é usado quando nos referimos à capacidade de fabricar utensílios, com os quais o homem só torna capaz de transformar a natureza. São dois aspectos que formam o humano, pensar e agir são inseparáveis, isto é, o homem é um ser técnico porque tem consciência, e tem consciência porque é capaz de agir e transformar a realidade.
Pois bem só que estes dois aspectos estão se desmembrado, o homem agir está se desfazendo do homem pensar. Uma pergunta que é a chave para este pensamento; é. O homem entende hoje sua realidade? O que ele faz, esta de acordo com a sua realidade? O que é realidade para nós? É a mesma realidade do outro? O homo faber enterrou o homo sapiens, o homem que entende o seu meio e que pensa para progredir.
O homem faber, é este homem que utiliza a técnica para o seu desenvolvimento, ele criou utensílios para o seu desenvolvimento, estes utensílios que em principio era necessário a energia humana, servia pois de suplemento humano, porém a técnica desenvolveu a maquina, que já não era necessário a energia humana só utilizando uma participação do homem em sua regulagem, em seguida a técnica desenvolveu o autômato que não necessita mais da ação humana pois é capaz de controlar e regular seu próprios movimentos, um exemplo deste ultimo estagio da técnica é a cibernética, do grego “kybernetike” , isto é, “techne kybernetike” “arte do piloto”. O que eu quero dizer com isto tudo? O homem matou a si mesmo. Não quero dizer que o desenvolvimento humano não é valido, mas pense comigo; o homem se desenvolveu em técnica (homo faber), mas não o humano (homo sapiens).
Essa perspectiva não é uma idéia surgida do nada, já na época das Luzes (séc. XVIII), Rousseau contrariava a perspectiva otimista que a maioria depositava nas vantagens do desenvolvimento técnico, denunciando o avanço da desigualdade entre os homens. Os “quebradores de maquinas” operários do século XVIII que viviam na região de Lancashire, na Inglaterra fizeram diversos movimentos durantes os quais eram destruído as maquinas das instalações fabris, isso mostra-nos o homem sapiens ainda reagindo a sua morte, mas hoje não posso dizer o mesmo, pois o homem está mais e mais dependente daquilo que ele cria, se tornou um escravo do seu tempo, posso até dizer que o homem a cada dia se torna um objeto nas mãos de um objeto, aquilo que ele criou.
Considerando este “grande passo da humanidade” não me resta considerar que o homem esta morto, os valores que permeavam a mente do homem morreu. Como eu costumo dizer “o homem é o causador da sua própria falência”            

Nenhum comentário:

Postar um comentário