O sagrado descreve a natureza da religião, é o que ela tem de especial. Quero nesse pequeno artigo desenvolver o conceito de dois grandes estudiosos da religião, um deles é o conhecido teólogo alemão Ruldolf Otto, autor de um livro intitulado The Idea of the Holy, publicado pela primeira vez em 1917 como Das Heilige (conhecido no Brasil como “O Sagrado”), sua obra é considerada uma dos mais importantes tratados teologicos do seculo XX. Posso dizer que Otto enchergou a religião do lado de fora, resutando em sua obra que o consagrou. O outro estudioso foi um professor, historiador das religiões, mitólogo, filósofo e romancista romeno, naturalizado norte-americano em 1970. O seu nome é Micea Eliade, é um dos mais influentes historiadores e filósofo das religiões da contemporaneidade e considerado um dos fundadores modernos do estudo das religiões.
A parti dos conceitos que foram elaborado por eles que podemos entender aquilo que define a religião, “o sagrado”. Otto não se preocupou em estudar as ideias de Deus e da religião, ele se aplicou em estudar analizando as modalidades da experiência religiosa, Otto em sua obra “Das Heilige” (O sagrado), ele apresenta a ideia do que ele chamou de “ganz andere”, ou seja, aquilo que é totalmente diferente de tudo o mais e que, portanto, não pode ser descrito em termos comuns. O “gans andere” não se assemelha a nada de humano ou cósmico, ou seja o gans andere é totalmete diferente. A relação do homem com o gans andere gera nele um sentimento de sua profunada nutilidade, o sentimento de “não ser mais que uma criatura”, ou seja, segundo os termos com que Abraão se dirigiu a Deus, de não ser “senão cinza e pó” (Genesis, 18: 27). O sagrado para Otto se manifesta sempre como uma realidade inteiramente diferente das realidades “naturais”, o sagrado é algo que esta além da realidade.
Micea Eliade estende mais a ideia de Otto, ele observa que “o sagrado, se manisfesta, quando algo tarna-se outra coisa fora da realidade. É a manifestação de algo de ordem diferente de uma realidade que não pertence ao nosso mundo, em objetos que fazem parte de nosso mundo natural, profano” (O sagrado e o profano p. 13). Vou usar o exemplo dele para explicar está tese, o sagrado pode manifestar de uma “forma elementar” em uma pedra ou em uma arvoré, ou em uma “manifestação suprema” como por exemplo para o cristão, a encarnação de Deus em Jesus Cristo, não existindo uma continuação desta manifestação, para o cristão Deus não se manifestara desta forma outraves. Ele usou o termo “hierofania” para definir “manifestação do sagrado”. Com isso Eliade apresenta a tese de que, a pedra sagrada, a arvore sagrada não são adoradas como pedra ou arvore, mas porque são manifestação do sagrado, porque não revela algo que não é nem pedra e nem arvore, mas o sagrado.
Com a ideia de Otto e o posicionamento de Eliade, percebemos que o sagrado é algo que se revela em nosso realidade, causando no homem o encantamento algo que faz parte da Experiência Religiosa, mas ao mesmo tempo “o sagrado” ao se revelar na realidade, não faz parte dela.
Quero concluir que toda e qualquer religião, possui este elemento; o sagrado. Claro que a forma de entender o sagrado varia, mas o elemento que define o sagrado é o mesmo em todas as religiões.
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