segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Antiga Religião Mesopotâmica.

Os povos da Mesopotâmia eram povos que viviam entre os dois grandes rios o Tigre e o Eufrates, que por sinal o termo Mesopotâmia significa entre rios, estes povos eram politeístas (acreditavam na existência de vários deuses). Na concepção destes povos, os deuses poderiam praticar coisas boas ou ruins com os seres humanos. Os deuses da religião mesopotâmica representavam os elementos da natureza (água, ar, sol, Terra e etc...).
Diversas cidades possuíam seus próprios deuses, Marduque, por, exemplo, era o deus protetor da cidade da Babilônia, na época do reinado de Hamurabi. Em função do domínio desta cidade sobre a Mesopotâmia, este deus passou a ser mais importante de toda a região.
A deusa que ganhou bastante importância na Mesopotâmia foi Ishtar. Os mesopotâmicos também acreditavam na existência de heróis, demônios e gênios e praticavam adivinhações e mágicas.
Eles construíram as Zigurates, espécie de templos em formato de pirâmides, e acreditavam que os deuses habitavam estas construções. Segundo os estudiosos a religião mesopotâmica pode ser considerada uma religião astral, pois provavelmente ela surgi da contemplação das estrelas e dos planetas e suas movimentações no firmamento, portanto contendo um forte elemento de mitologia astral, baseado em teorias desenvolvida por estudiosos sumérios, postulando que os poderes divinos estavam representados nos planetas e nas estrelas, e que tais poderes superiores deveriam ser seguidos pelas hierarquias de poderes na terra.             
Vejamos os principais deuses:
Enlil - deus do vento e das chuvas.
Shamach- deus sol.

Ishtar - deusa da chuva, da primavera e da fertilidade.

Marduque - deus protetor da cidade da Babilônia.

 Anu - deus do Céu.  


domingo, 30 de janeiro de 2011

O que são ritos de passagem (ou ritos de iniciação)?

Ritos de passagem são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de uma comunidade. Os ritos de passagem podem ter caráter religioso, por exemplo; cada religião tem seus ritos, sendo parecidos com de outras religiões, ou não.
O termo foi popularizado pelo antropólogo alemão Charles-Arnold Kurr van Gennep no inicio do século XX. Em seus estudos sistemáticos ele concluiu que a maioria dos ritos analisados observava uma seqüência que incluía “separação”, “transição” e “incorporação”. A representação simbólica da morte e da reencarnação presente em tais ritos ilustrava os princípios da reencarnação  indispensáveis a qualquer sociedade humana.
Os ritos de passagem são realizados de diversas formas, dependendo da situação celebrada; desde rituais místicos ou religiosos até assinatura de papeis (ou ainda os dois juntos). Os ritos de passagem marcam o momento de transição do individuo onde ele passa a participar na sociedade na qual estava inserido.
Os ritos de passagem fazem parte da vida contemporânea também, nós sempre estamos criando situações que marcam uma passagem da nossa vida, por exemplo o rito de passagem dos calouros em universidade, como se fosse uma recepção para receber os novos estudantes, outro exemplo as festas de despedidas de solteiro, no próprio casamento também nós encontramos tais ritos, sem falar na tão esperada festa de quinze anos. Os ritos de passagem caracteriza uma sociedade. Veja um exemplo de rito de passagem de uma tribo indigena brasileira:        
Esta tribo amazonense realiza um ritual de iniciação com garotos.  Os jovens da tribo têm que colocar as mãos dentro de uma espécie de luva cheia de formigas-bala, cuja mordida é quase 20 vezes mais dolorida que a de uma vespa. Os garotos têm que dançar com as mãos dentro da luva durante dez minutos, e a dor é tão intensa que o corpo sofre com convulsões, e a dor pode durar até 24 horas. O mais inacreditável é que os homens da tribo repetem este ritual várias vezes durante a vida, para provar a sua masculinidade. 

sábado, 29 de janeiro de 2011

Grandes Pensadores: Paul Tillich

A figura de Paul Tillich apresenta-se ao cenário intelectual do Século Vinte reunindo o que há de melhor em dois mundos. De fato, Paul Tillich nasceu na Alemanha em 1886, tendo-se formado em filosofia e teologia com os melhores mestres de então. Síntese do que há de melhor no Idealismo Alemão, seu pensamento apresenta traços semelhantes, em termos de erudição, originalidade, capacidade sistemática e poder de análise aos de seus contemporâneos Barth e Heidegger. Ao contrário deste último, entretanto, tinha posição anti-nazista claramente definida, tendo sido expulso de sua cátedra em Frankfurt em 1933. Convidado então a lecionar nos Estados Unidos, iniciou diálogo profícuo com os principais movimentos sociais e correntes de pensamento deste lado do Atlântico. Até sua morte em 1965, lecionou e pronunciou séries de conferências nas melhores universidades americanas, como Colúmbia, Harvard e Chicago. Formou uma legião de pensadores com figuras tão diversas como T. Adorno e Rollo May.
Seu compromisso com o socialismo e o ecumenismo levou-o a dialogar por décadas com os membros mais proeminentes da Escola de Frankfurt e lideranças políticas, acadêmicas e religiosas. Passou para a posteridade como teólogo da cultura em sentido amplo, pois voltou a sua hermenêutica para os setores mais variados da cultura. Escassamente conhecido no Brasil (mesmo com várias de suas obras vertidas para o português), Paul Tillich entretanto, com seu pensamento profundo e sistemático, tem contribuído na formação de quadros pensantes nesta virada de século.
2010 Sociedade Paul Tillich do Brasil. http://www.paultillich.com.br/paul-tillich/www.paultillich.com.br

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A ESPERANÇA EM MEIO AOS SOFRIMENTOS.

Muitos pregadores têm mostrado um Evangelho que esconde a realidade da vida, que realidade é está? A realidade dos sofrimentos. Apresentando uma vida cristã longe da possibilidade dos sofrimentos, quando a realidade é outra, a própria bíblia mostra que muitos homens de Deus sofreram por causa do evangelho que pregavam, muitos morreram no primeiro século por causa do evangelho, os assim chamados mártires, sem falar os mártires contemporâneos como os cristãos que vivem em países que o evangelho é proibido, não podemos deixar de falar de casos de cristãos que são assaltados, mortos por bala perdida, acometidos de doenças e etc...
Está é uma realidade real que não pode deixar de ser mostrada, pois não podemos enganar o homem sem Deus, da realidade da vida, podemos revelar claro, a graça de Deus que é o sustento da vida de qualquer um que esteja debaixo dela. Por isso vamos analisar o Salmo de numero 13 que nos mostra a esperança que devemos ter em Deus em meio aos sofrimentos da vida.
Salmo 13
1 Até quando, ó Senhor, te esquecerás de mim? para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
2 Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando o meu inimigo se exaltará sobre mim?
3 Considera e responde-me, ó Senhor, Deus meu; alumia os meus olhos para que eu não durma o sono da morte;
4 para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, em sendo eu abalado.
5 Mas eu confio na tua benignidade; o meu coração se regozija na tua salvação.
6 Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem.
Este é um Salmo davidico, conhecido como Salmo de suplica. O que o tipifica é a expressão; Até quando? Que aparece quatro vezes no verso um e dois.
Não se sabe aos certo o seu contexto histórico, mas é provável que foi escrito no período em que Davi foi perseguido por Saul ou Absalão.
ESTRUTURA DO SALMO.
I. Este salmo esta dividido em três partes, cada uma das partes corresponde a um estagio da experiência de Davi.
Primeira parte (VS 1- 2): Uma parte que mostra o conflito de Davi em meio ao momento de tribulação, a expressão; Até Quando? Está presente quatro vezes no texto.
Essa primeira parte mostra a inquietude em meio a perseguição (tribulação), o desejo ansioso pelo fim de tamanha luta.
Segunda parte (VS. 3- 4): Está parte é a oração de Davi, ele recorre a Deus, pois percebe a realidade de que caindo nas mãos dos inimigos não haverá escape algum.
Terceira parte (VS. 5 - 6): É uma expressão de esperança, mesmo estando passando por um momento de conflito e de angustia, ele lança sua confiança em Deus. Ao confiar, Davi vê que o momento que esta vivendo é uma permissão de Deus e que Ele mesmo a de trazer o escape a sua vida, trazendo um sentimento que glorifica a Deus (v. 6) pois todas as coisas é para sua gloria.  
APLICAÇÃO:
I. Este Salmo ensina que a angustia e a tristeza faz parte da realidade daquele que passa por tribulação. Não podemos deixar escapar esta realidade da vida que é um sentimento inevitável, que revela o momento que estamos vivendo, a angustia dependendo da situação não pode ser controlada, é também uma forma de por para fora tudo que estamos sentido na alma. Davi faz uma pergunta a Deus expressando o seu estado emocional; “Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia?” (v.2).
II. Este salmo também ensina que a suplica e a petição a Deus é a válvula de escape e uma forma de pedir socorro a Deus em momentos de tribulação. Deus é um Deus de graça e misericórdia, tudo que Ele faz é perfeitamente bom,  recorrer a Ele sempre é a melhor saída.
III. Por fim aprendemos por meio deste Salmo que a esperança em meio a tribulação é gerada por meio da confiança na graça de Deus, graça está que esta presente até mesmo na tribulação, e até mesmo quando expressamos nossa angustia, sabendo que Deus assim como permitiu a tribulação Ele findara, pois “tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8: 28).   
Conclusão:
Podemos dizer que a realidade é algo inevitável, mas a graça de Deus sempre a de nos sustentar, dando a nós o auxílio necessário e a oportunidade de ver o Senhor em meio as lutas que se apresentaram no decorrer da nossa vida cristã.

DEFENDENDO A IGREJA DAS FALSAS DOUTRINA; EXPOSIÇÃO DE 1 TIMOTEO 1: 3-20

Paulo em At 20: 28-31 havia advertido a Igreja de Éfeso  á se manter vigilante contra os falsos mestres que poderiam penetrar no meio da Igreja e perverter a “sã doutrina”. Pois bem isso acabou acontecendo, Timóteo foi enviado a Efesó para organizar a Igreja e combater esses falsos mestres.
I. A necessidade de corrigir a doutrina falsa (1: 3-11).
(i) No verso 3 Paulo apresenta a missão de Timóteo, que era advertir a algumas pessoas que “não mais ensinem doutrinas falsas”, a expressão grega  que Paulo usa é “heterodoxa” (heterodoxa) que significa, “radicalmente diferente” ou seja as doutrinas que estavam sendo pregadas em Efeso era diferente daquilo que o apostolo tinha ensinado.
(ii) Timóteo estava encarregado de combater esses mestres heréticos que se caracterizavam por:
1. Ensinar falsas doutrinas e inverdades (6: 3).
2. Pregar mitos Judaicos (Tt 1: 14).
3. Assumir-se como mestres da Lei (v. 7)
4. Ensinar praticas ascéticas² (4: 3)
5. Fazer uso da posição para obter lucros pessoais ilícitos (6: 5).
6. Pregar historias mentirosas acerca da origem do povo judeu (4: 7).
7. Orgulho e Arrogância (1: 7; 6:4).
8. Promover polêmicas com finalidades escusas (v. 6;  2Tm 2: 23).
(iii) E Paulo estava preocupado porque alguns haviam caído nos laços dos hereges (v. 6)
(iv) Talvez essa falsa doutrina que incomodava a Igreja de Efeso, tinha bases na Lei de Moises, talvez fosse uma espécie de judaísmo herético (judaizantes). Paulo apresenta a Timóteo o objetivo da “Lei” (vs. 8-11). Ele declara que “a Lei é boa”, mas se for usada de forma adequada (v.8). Ela não foi feita para os justos, mas para os pecadores (v. 9). Paulo esta querendo dizer que a Lei e necessária para trazer convicção do pecado (Gl 3: 24), a Lei não é repressão necessária para um Justo, ou seja um cristão que já demonstra preocupação e lealdade à mesma. Paulo instrui a Timóteo que a Lei serve para ensinar e julgar os ímpios e não induzir a condenação dos Justos. E este é o Evangelho que Paulo ensinou e que ensina.
(v) Timóteo estava incumbido de impedir que esta falsa doutrina avançasse no seio da Igreja de Éfeso.
II. A Experiência e Doutrina de Paulo (1: 12-17)
(i) Paulo apresenta seu exemplo para demonstrar a eficácia da graça de Deus, ele é a prova do amor e misericórdia de Deus que pode transformar o mais vil dos pecadores em um homem santo para sua gloria (At 9: 4; 22: 4, 5, 19; 26: 10,11; 1Co 15: 9; Gl 1: 13; Fl 6: 6).
(ii) Paulo não se gloriava de si mesmo, ele não se esquecera de quem ele era, mas glorificava o Deus que o redimiu (v. 12) essa era a eficácia do evangelho que ele pregava (v. 11, 15). Paulo encerra seu testemunho da eficácia da graça com a expressão “Rei dos séculos” (v. 17). Traz-nos uma idéia de “O único Rei vivo e capaz de Redimir”. Alguém que nunca enxergará a decadência ou abandono dos seus escolhidos; alguém que não se pode ver, mas que opera em todos os lugares; alguém que possui sabedoria acima de qualquer criatura, inclusive o homem; alguém que deve ser respeitado, honrado e glorificado para sempre.
III. Dever imposto a Timóteo (1:18-20)
(i) Paulo inicia dizendo que Timóteo não foi colocado ali por mera escolha humana ou por uma simples indicação, mas Paulo levou em consideração as “profecias” referente a Timóteo  (v. 18). Em relação a estas profecias, era acerca da sua notável liderança cristã, que foram entregues muito antes da sua ordenação formal ao ministério, durante a Segunda Viagem Missionária de Paulo (1Tm 4: 14; At 16: 3).
(ii) Paulo orienta a Timóteo o que ele deveria fazer ali em Éfeso, que era “combater o bom combate”. Que bom combate era esse? Ele responde no verso 19, que era preservar a fé verdadeira, está era a missão de Timóteo em Éfeso.
(iii) No verso 20 ele cita o exemplo de dois homens que “naufragaram na fé”. Estes eram Himineu que decidiu seguir sua própria teologia, e pregava que a ressurreição já havia ocorrido (2Tm 2: 17-18) e o outro era Alexandre, que era um empresário crente, que havia criado muitos problemas na Igreja, e que não recebia admoestação dos irmãos (2Tm 2: 14, 15). A estes Paulo foi obrigado a exercer uma severa disciplina eclesiástica, que já era mantida na Igreja (Mt 18: 17), isto era a exclusão do âmbito da proteção da Igreja, ele usa uma expressão “entreguei a Satanás” traz um sentido “disciplinados” (ensinados), por meio de sofrimentos que naturalmente o Diabo impõe ao mundo. Vala salientar que o alvo desse corretivo de Paulo era mais restaurador do que punitivo (1Co 5: 5, 13; Lc 13: 16; 2Co 12: 7). Timóteo tinha que lutar para que isso não acontecesse novamente.
APLICAÇÃO PARA A IGREJA HOJE.
1° A Igreja deve combater as falsas doutrinas e preservar a fé verdadeira.
2° A graça de Deus é suficiente para não aceitarmos qualquer forma de doutrina legalista.
3° O líder deve combater para que estas falsas doutrinas não contaminem a Igreja.
______________________________________
² (as.ce.tis.mo) Fil. 
 1  Prática da ascese para alcançar elevação espiritual
 2  Moral fundada no desprezo do corpo e das sensações físicas
 [F.: Do fr. ascétisme; ver asceta + -ismo. Sin. ger.: asceticismo.]

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Deus cristão como o “totalmente outro”.

O termo “totalmente outro” foi o termo usado pó Karl Barth, um dos maiores teólogos do século XX. Partindo deste termo quero apresentar neste artigo o grande abismo existente do Deus cristão, para os deuses de outras religiões. Por este termo se entende que o homem nada pode saber a respeito de Deus. Só podemos falar verdadeiramente de Deus o que Ele mesmo transmitiu. Somente o que Deus revelou de si mesmo pode ser conhecido e comunicado pelo ser humano. A pessoa que pretende falar de Deus a partir de seus sentimentos de seu raciocínio, esta na verdade falando de um ídolo. O verdadeiro Deus é “totalmente outro” em relação ao ser humano – em tudo o que a pessoa pensa, sente, deseja, compreende e elabora; o próprio Karl Barth afirmou certa vez:
"Deus não é um poder ou uma verdade, Deus não é o Ser a ser descoberto pelo próprio ser humano para então lhe outorgar o título de divindade; ao invés, Deus é aquele que se tornou conhecido do ser humano como seu real Senhor, ao ir ao seu encontro agindo, julgando, perdoando, santificando, prometendo, isto é, ao se revelar a ele."
Deus é um ser que está além da razão e do sentimento humano, toda tentativa de compreendê-lo dentro destes dois pressupostos será uma compreensão limitada, até porque nossa compreensão já se limita a aquilo que esta revelado, o Deus cristão é o Deus que se revelou deixando um registro escrito da sua revelação, vejamos as diferenças que distingui este Deus dos demais deuses.  
1. Deus não pode ser representado: Na maioria das religiões a divindade é representada por alguma figura, seja ela por características humanas ou de animais ou até mesmo a união das duas. Deus Ele como o “totalmente outro” não pode ser representado por uma figura que esteja no contexto do homem, pois Ele deixaria de ser um ser que está além do sentimento e lógica humana, se igualando a concepção de uma criatura que possui limitações da compreensão de Deus, as representações da divindade não passam de um tentativa do homem de se aproximar do divino de forma física, sendo assim não seria Deus que iria até o homem, mas o homem que iria até Deus.
2. A compreensão do Deus cristão não é resultado do sentimento: É bem verdade que o sentimento faz parte da religiosidade do homem, caso contrario não haveria o “fenômeno religioso”, mas neste caso não é o sentimento que produz Deus, mas Deus produz e sentimento. Deus não é o resultado da inquietação, e medo humano, em outras religiões podemos dizer que sim, pois todas partem da compreensão subjetiva ou da experiência que gera a figura divina. No cristianismo que segue a tradição judaica da compreensão de Deus, Ele é a causa da experiência e do sentimento religioso. A manifestação Teofanica de Deus na sarça ardente no capítulo 3 de Êxodo, onde o próprio Deus se revela a Moises mostra-nos o sentimento que Moises teve  que gerou uma  compreensão de Deus, e isso foi gerado pelo próprio Deus.
3. Deus é singular: Deus não pode ser comparado a nada e a ninguém, está afirmativa revela a “singularidade de Deus”. Deus não pode ser comparado a ninguém porque Ele é “totalmente outro”. Toda tentativa de comparar Deus a algo, será sempre uma tentativa deficiente. No livro de  Isaias o próprio Deus faz uma pergunta retórica; "A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? -diz o Santo.” “Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus” (Is.45:5).
Concluo que toda e qualquer tentativa que ultrapasse aquilo que o “totalmente outro” já nos revelou é sem duvida deficiente, aqui não significa um preconceito com relação as idéias da divindade de outras crenças, não é esta a minha proposta, mas de apresentar uma alternativa de entendermos sua revelação.  Que é nos limitando a Ele,  e deixando que Ele mesmo se faça conhecido em nossa existência.               

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pensamento de Mestre Eckhart

"Bom, se tudo existe é por que uma causa os fez existir, qualquer que seja o nome que dermos a esta causa, ela estará acima do fruto que dela veio. Bom, se considerarmos que tudo o que existe existe por obra do Ser Divino, isso significa que temos uma razão de existir, pois o Supremo não faria nada de inútil. Sendo assim, Ele terá necessariamente de amar a seus frutos. Por isto existe uma Unidade entre Deus e o homem. E é por essa razão que o homem sente-se atraído e tenta voltar a Deus, pois é na União que há sentido, sem que haja anulação."

domingo, 23 de janeiro de 2011

Deus por acaso é masoquista?

Algo que tem perseguido a humanidade durante muito e muito tempo é o “sofrimento”, as desventuras da vida faz com que o homem corra em busca da felicidade, e crie meios de evitá-las, mas pelo que parece seu esforço sempre tem sido em vão. Quando vemos estas catástrofes naturais que tem ocorrido no Rio de Janeiro, Santa Catarina com um resultado triste que é a morte de varias pessoas, famílias inteiras que perderam a vida, sem falar dos desabrigados, isso machuca nosso coração e com certeza para muitos existe uma pergunta; “cadê Deus?” ou “Deus é cruel, e deseja que o homem sofra?”, “Que Deus é esse que permite uma coisa como essa?” São perguntas que talvez seja a inquietação de muitas famílias nessas cidades e nós que acompanhamos as noticias em algum momento fazemos as mesmas perguntas. Neste artigo quero apresentar alguns pontos, que nos trará conforto a tantas desventuras:
1. Tudo se começa na fonte de todo o mal: Deus sem duvida é um ser bom e perfeito e tudo o que Ele faz esta de acordo com sua natureza, “Compreendes o equilíbrio das nuvens, e as maravilhas daquele que é perfeito nos conhecimentos;” (Jó 37: 16) a sentença dada a cada etapa da criação é que a criação era boa e perfeita “...E viu Deus que era bom.” Isto indica perfeição, a natureza estava em perfeita harmonia quando criada. Deus criou o homem perfeito, sem nenhum motivo que o trouxesse sofrimento (Gn 1: 26-27). Quando o homem pecou algo aconteceu; “Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.”   (Gn 3: 6). Este texto narra o pecado consumado pelo o homem e pela mulher, agora veja a conseqüência deste pecado; “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida.”  (Gn 3: 16-17).
Destaquei as conseqüências que o pecado de Adão trouxe a ele, e conseqüentemente a toda a humanidade, pois Adão era o representante de toda a humanidade Romanos 5: 12 diz; “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.”   O pecado é a desobediência a lei de Deus, Adão quebrou esta lei, trazendo conseqüências. Vamos destacar a ultima parte do versso 17 “maldita é a terra por tua causa”. O pecado de Adão teve conseqüências em toda a criação, trazendo uma total desarmonia a natureza, essa doutrina explica o nosso segundo ponto.
2. Os sofrimentos da vida é conseqüência do estado em que o homem se encontra: Pois bem, não é propósito de Deus que o homem sofra, porém o homem provocou seu próprio sofrimento, perceba que o homem desde o inicio nunca  aceitou seu erro, Adão lançou a responsabilidade a Mulher e a Mulher serpente (Gn 3: 12-13), por isso é muito comum em meio ao sofrimentos dizemos que Deus é o culpado. A filha de Billy Graham em uma entrevista depois de perguntarem "Como é que DEUS teria permitido algo horroroso assim acontecer nos EUA, dia 11 de setembro?” Anne Graham deu uma resposta extremamente profunda, ela disse:
"Eu creio que DEUS ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos nós temos dito para DEUS não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas.

Sendo um cavalheiro como DEUS é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que DEUS nos dê a Sua bênção e Sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?"
(ver o restante da entrevista no site; http://www.arcaonline.com.br/)
Nunca aceitamos que para nossas escolhas nunca envolvemos Deus, mas para nossos sofrimentos Deus esta em “primeiro lugar”.
3. Deus nunca nos enganou dos sofrimentos da vida: As Escrituras Sagrados, que é a regra de fé e pratica dos cristãos, não é um livro de auto-ajuda como muitos pensão que seja, ela revela a Pessoa de Deus que se revelou na historia e a condição humana e solução, e nos mostra que o homem esta em uma condição que lhe traz sofrimento,  mesmo até professando a fé que a Bíblia fundamenta ele não esta livre de aflições, Jesus declarou “No mundo, passais por aflições” (Jo 16: 33).
Com estes três pontos concluo afirmando que Deus não é masoquista e que não ama o sofrimento humano, sem duvida o homem ele é o responsável pelo seu próprio sofrimento o sofrimento e o resultado dos seus atos, voltando aqui para estas catástrofes será que teria morrido tanta gente se tivesse evitado construir casas nestes locais de risco, ou se evitasse o acumulo de lixo nas ruas, se o governo estivesse investido num programa de prevenção bem antes das épocas das chuvas. Pelo que me parece o homem é que é masoquista.      
               

sábado, 22 de janeiro de 2011

A ponte do Profano ao Sagrado.

Eu costumo dizer que o homem é um ser religioso por natureza, isso porque a historia humana nos revela que o homem sempre buscou respostas existenciais no “divino” ( divino aqui traz a idéia daquilo que transcende o natural )  , e quando isto acontece ocorre o que chamamos de “fenômeno religioso”. Não se tem noticia de que alguma raça ou povo que não tenha tido algum tipo de religião ¹.  O homem e a religião são dois campos de atuação: o sagrado e o profano. O sagrado é uma realidade assumida como perfeita, separada, divina e dotada de poderes superiores aos humanos (sobrenatural), estimulando no homem medo, respeito, atração e reverência. O profano é equiparado ao mundo em que vivemos, sendo apontado como banal e inferior em relação ao sagrado. O homem põe sua dependência no sagrado para poder superar suas limitações, medos e duvidas.
Friedrich Schleiermacher (1768-1834), definiu a religião como “um sentimento ou uma sensação de absoluta dependência”, o homem para se chegar ao sagrado se coloca em um estado inferior. Então a religião apresenta-se como uma ligação profunda e envolvente do homem com o sagrado, podendo chegar ao ponto de se entregar completamente, quando o homem entra em contato com o sagrado esta vivendo um tipo de experiência religiosa (ou sentimento religioso), tal experiência é estimulada pelo encantamento (termo que define o sentimento de encontro com o sobrenatural)
O mundo profano se liga ao mundo sagrado por meio da religião, falo mundo profano referindo-me ao ser em si, que se locomove ao sagrado e que sofre a experiência do encantamento, por isso a religião não é ligar-se a uma Igreja ou instituição (Cristianismo, Budismo ou Espiritismo), religião é o sentimento inato no individuo que o liga ao ser de sua dependência, sendo assim o sentimento de dependência que nos torna limitados nos encaminhara para aquilo que consideramos infinito e absoluto; o sagrado.
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¹ Falaremos dos tipos de religião em outra postagem em breve.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O MAL DA SOCIDADE RELATIVA.

Hoje tudo é relativo... Você já parou para pesar o perigo desta afirmação? Pois bem o pensamento relativo parte de uma atitude ou doutrina que afirma que as verdades (morais, religiosas, políticas e científicas) elas variam de acordo com a época, ou seja o relativismo questiona o absoluto, afirmando que não existe uma verdade própria que  rege o mundo, a realidade ele é plural. Ian C. Jarvie sociologo, diz que o relativismo é a "Postura segundo qual toda avaliação é relativa a algum padrão, seja qual for, e os padrões derivam de culturas."

O relativismo realmente é algo muito atrente, e que de certo ponto tenta da uma esplicação a esta realidade plural que vivemos, mas a pluralidade não inavalida a unidade, o problema aqui é como se entende a pluralidade, o conceito subjacente que do termo pluralidade é usado na modernidade, pretende desconstruir, a verdade absoluta de conceitos, ideias e principios que sejam validos em qualquer lugar e qualquer tempo. Não que eu negue a realidade plural do mundo, se entendermos pluralidade como divercidade, neste ponto uma socidade diverge da outra porque ela é plural, o perigo esta nesta relatividade moral que se fundamenta na falsa ideia da “pluralidade” que esta sendo inserida na socidade.

Não quero aqui ser preconceituoso mas quero dar um exemplo comum para nosso contexto, não era algo comum e aceitavel ver o relacionamento de pessoas do mesmo sexo, hoje já se briga por isso, é comum ver relacionamento homossexual na midia, como a socidade reage a isso hoje? Da mesma forma de antes? Talves o relativismo afetou a mente da socidade provocando o sentimento do “isso é comum”, “isso é normal”, mas não era normal antes, porque é hoje?

Se nós continuarmos com a mente relativa e não aceitarmos um padrão unico de moral que nos proteja do absudo, veremos velhos de 66 anos com crianças de 12 anos ou ate menos, porque? É a opsão dele, e devemos aceitar porque a moral muda é ralativo, o que é errado para você e certo para mim e vice versa. Cuidado com a sociedade relativa.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Igreja e Estado.

Certa vez em uma dessas conversas de roda depois de um culto, surgiu a discussão com relação ao relacionamento que a Igreja deve ter com a política (aqui neste artigo usarei o termo estado). Este sempre foi um assunto delicado de se tratar, pois como mencionou um pensador “todos somos seres políticos”. Concordo com esta frase, pois todos nós, nos relacionamos, temos nossas opiniões, pois somos seres pensantes, precisamos nos relacionar. Isto é a essencial do “ser político”, o que me preocupa é quando queremos unir nossa essência política com partidarismo e oportunismo que o estado prega; por isso, vou expressar meu pensamento sobre esta historia de amor e ódio:
1. A relação da Igreja e Estado nunca foi algo saudável. A historia comprova isto, no ano de 313 d.C A igreja passou a experimentar boas graças do governo romano por meio do edito de Constantino que deu total liberdade a Igreja que outrora passou por três séculos de perseguição, porém foi uma grande abertura para o  estado  influenciar a Igreja, isto trouxe grandes mudanças para a Igreja por exemplo; na adoração a Igreja antes do ano 313 se reunia nas casas dos cristãos, logo após passou a se reunir-se em grandes basílicas e catedrais, a forma cultica antes do ano 313 era uma forma pratica e interior logo após tornou-se uma forma artística exteriorizada, a mensagem que era edificante passou a ser algo cerimonial e complexo, a Igreja passou a focar as classes superiores ao invés de todo o mundo, a Igreja se envolvia com questões políticas, sua doutrina de simples passou a credos conciliares o primeiro concilio foi convocado pelo próprio Constantino, até na sua administração os assuntos eram discutidos pelo Estado e pela Igreja. Com o passar do tempo a Igreja foi tendo muita influencia do mundo pagão ao invés de influenciar, isso é um marco na Historia da Igreja. Isso me leva ao segundo tópico desta discussão.
2. A união da Igreja com o estado corrompe a Igreja.  “Aquele que não foi corrompido pela política partidária que atire a primeira pedra”. A Igreja ela não deve fazer parte de políticas partidárias, pois isso não faz parte da sua mensagem;  nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos, (1Co 1: 23) . A mensagem da Igreja é a Pessoa de Cristo tão somente. Esse principio era o fundamento da pregação apostólica, a Igreja deve permanecer fixa nesse principio apostólico. É vergonhoso quando os nossos púlpitos tornam-se palanques, onde os nossos cultus torna-se comícios, e perigoso quando a Igreja se compromete com os estado pois mais sedo ou mais tarde ela cobrada.
3. O maior problema é a consciência do povo. Em nenhum dos tópicos anteriores quis mostrar uma posição radical contra o governo cível ou estado, mas apresentar os perigos da relação Igreja e Estado, o governo civil não deixa de ser importante para Igreja. Calvino um dos maiores teólogos e reformadores da Igreja que viveu no século XVII chama de “fanáticos” os que se colocam contra a instituição do governo; pois ele vê que a paz da cidade e dos cristãos é estabelecida pelo Estado, ele diz: “... que a paz publica não seja perturbada; que as propriedades de cada pessoa sejam preservadas em segurança; que os homens possam exercer tranquilamente o comercio uns com os outros; que seja incentivada a honestidade e a modéstia.”   Mas ele afirma em outro lugar que a Igreja e o Estado vivam separadamente, ele diz: “ Aquele que sabe distinguir entre o corpo e a alma, entre a vida presente efêmera e  aquela que é eterna e futura não terá dificuldade em entender que reino espiritual de Cristo e o governo civil são coisas completamente separadas.” Essa idéia de Calvino é uma idéia de equilíbrio  onde devemos saber o papel do Estado e o nosso papel como Igreja.
O nosso papel de Igreja no Estado é de respeito aos governantes e respeito as leis estabelecidas ( Cof. Rm 13: 1-7), e o papel do Estado é manter a paz e a ordem publica para o beneficio da população, nesse ponto vai depender da nossa atuação como cidadão, em termos uma consciência política Cristã que eleja um bom governante. Que possamos evitar está triste união que em toda a historia até os dias de hoje leva a Igreja a se corromper.