segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A ignorância é sinônima de escravidão.

A ignorância é uma “atitude que, não sabendo utilizar as suas capacidades racionais, engana-se de seus conhecimentos, tomando por verdade o que não passa de uma opinião falsa ou incerta e expondo-se a ilusão e ao erro”. Com esse conceito de ignorância percebemos que a ignorância em si é uma condição moral. O filosofo Emanuel Kant (1728 á 1804) via a ignorância como menoridade, termo que ele usa para afirmar a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento para ele, o homem esclarecido é aquele que se liberta da menoridade.
Com isso eu acredito que o homem esclarecido é um homem livre. Contudo existem fatores que aprisiona o homem o tornando escravo da ignorância, vou usar a idéia deste filosofo. Para Kent o esclarecimento (que aqui eu entendo como liberdade da ignorância), “é nada além do que liberdade – e o mais puro de tudo isso é, fazer uso publico da razão em qualquer assunto.” Mas Kent vê que existe um outro lado da moeda que é a privação do uso da liberdade com a idéia do “não questione”, “não pense diferente”(grifo meu).
Dentro destes pressupostos kentianos, que na realidade é bem mais complexo do que eu exponho aqui, quero falar que a ignorância é mazela da humanidade, isso porque os homens permanecem iludidos acreditando em algo que na realidade é um erro miserável, tornado-se por assim dizer acorrentados a hipocrisia da sociedade, economia e mesmo sendo uma pessoa com um espírito religioso como eu, que possuo pressupostos ortodoxos, não negarei que a religião muita das vezes tem o papel de bola de ferro no tornozelo da humanidade, o individuo é proibido de pensar em nome de um ideal, que se mascara com a beleza, mas que na verdade não tem nada de belo, o que eu quero dizer é que o esclarecimento é a conquista de autonomia, quantos homens que se dizem autônomos estão presos a hipocrisia.  
Recentemente um autor de um blog conhecido no nosso município foi alvo de criticas pejorativas, por expor o seu pensamento referente a gestão do município, isso sem duvida é o resultado da ignorância, primeiro não usaram de mesmo nível para expor pensamento, segundo defenderam um erro, porque? Respondo: Tudo isso em nome de um ideal, vou le dizer o que é ideal, o pensamento idealista nega a realidade em nome de um ideal, vou dar um exemplo; criamos uma idéia de um município perfeito, sem descriminação, sem diferenças sociais, uma gestão sem nenhum erro, totalmente perfeita, quando a realidade é outra, o idealismo acredito eu, que faz parte da ignorância, é a falta de liberdade do indivíduo, pois ele está condicionado, preso a pensar e enxergar o que ele acredita não a realidade.
Portanto; o homem deixa de ser ignorante, quando ele passa a enxergar a realidade e passa a si posicionar referente a ela, o que mais me deixa angustiado é que muitos homens com alta capacidade de refletir, decidem permanecer na escravidão da ignorância.
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Referencia: O que é esclarecimento, artigo publicado em 1784 por; Emanuel Kent.                     


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mas escolhas nos leva ao descrédito.

Sou bastante neutro com relação à política, sempre preferi me manter em silencio com relação a partidos políticos, mas não posso me omitir com tamanha estupidez de uma gestão. Prefeitura Municipal de Lajes faz pesquisa para saber se a população prefere Carnaval ou instalação da UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Isso, já é demais.
Penso eu, que uma boa liderança política tem como objetivo a promoção do bem estar da população, mas o que vemos aqui, que é necessária uma pesquisa de campo para se saber o que é melhor para uma população, tudo bem a população escolheu o pior, mas é muito lógico saber qual é a necessidade maior. Nicolau Maquiavel tem uma frase que diz mais ou menos assim; “Governar é fazer acreditar”. Olha isso tá difícil para a política de Lajes.
Meu prefeito com todo respeito, pois acredito que toda autoridade é constituída por Deus, pense direitinho em qual investimento trará virtudes, e melhor benefícios para a cidade. Hoje a população escolheu o carnaval, amanhã está mesma população estará lhe crucificando pela sua falta de compromisso com a saúde do município.            

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Deus: Além de nós, perto de nós.

Deus sem duvida é uma das questões que mais leva as pessoas a pensar, seja de forma religiosa ou de forma filosófica ou até mesmo cientifica com o criacionismo científico, isso porque Deus complexo, intrigante e principio de tudo, até mesmo da “verdade” entender Deus acredito eu; é uma tarefa impossível, Deus não se entende, pois Ele não é um objeto para se entender, até porque tudo que se entende de Deus, provém dEle próprio, como diz o filosofo G. W. Leibniz; “Ele é um Oceano, do qual apenas gotas nos são concedidas”. Deus, Ele é Transcendente, isto é Ele esta além da nossa realidade, tudo que conhecemos de bom, de belo, de justiça, de amor e santidade em Deus todas estas coisas existem em inteireza, Ele é  muito mais “além de nós”, conhecer Deus é a nossa busca infinita.
Realmente ele é tudo isto, que é além de nós, mas como sabemos de Deus se Ele não faz parte de nossa realidade? Como um ser infinito torna-se parte da nossa existência finita? Nós vivemos em tempo e espaço, estamos presos a isto, mas Deus não, Ele atemporal, Ele esta separado da criação como um ser independente e auto-existente. Então, como sabemos de Deus? A resposta é porque Ele também faz parte da nossa realidade, isto é Ele é imanente sua presença e seu poder esta dentro da criação.
Os escolásticos afirmavam que “não sabemos o que Deus é em Seu Ser essencial, mas podemos saber algo da sua natureza, daquilo que Ele é para nós, como Ele se revela em seus atributos divinos”. Lutero falava repetidamente de Deus como Absconditus (Deus oculto), em distinção dEle como Deus Revelatus  (Deus Revelado). Deus realmente é incompreensível, pelo fato de que nosso razão jamais compreenderá daquilo que não é e não faz parte da nossa realidade. O apostolo Paulo escreveu em 1 Corintios 2: 15: Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus,  porque lhe são loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente. Isso implica que toda tentativa de se entender Deus, ou de se explicar o Ser Divino é limitada a Ele próprio, ou seja, tudo do que pode se entender de Deus é  dado por Ele próprio, por isso que o Deus que está além de nós ao mesmo tempo está perto de nós.
Isso faz de Deus o que Ele é, se pudéssemos compreender Deus totalmente Ele não seria Deus, e se Ele não fizesse-se presente em nossa realidade, jamais poderíamos entender o que é belo, o que é bom, o que é justo e o que é santo.               

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Algo que você precisa saber sobre a sociedade pós-moderna.

Alguns teóricos falam em pós-modernidade para se referirem a crise do capitalismo e do socialismo entre o fim da 2° Guerra Mundial (1939-1945) e o inicio da década de 50.  Atualmente a pós-modernidade é entendida em duas perspectivas: como anti-modernidade e como sobre-modernidade. A pós-modernidade como anti-modernidade é um movimento de descontinuidade – uma ruptura completa com todos os postulados da Era Moderna; considerando os pressupostos e teses desta como mitos e profetizando sua descentralização e ruína. A pós-modernidade como sobe-modernidade, entretanto, considera os aspectos positivos da modernidade, suas conquistas e projetos. Contudo, procura corrigir seus excessos fazendo uma critica aos mitos da modernidade, isto é, do progresso do avanço tecnológico e cientifico como necessários a uma existência mais feliz na terra. O modernismo, como se entende, rompeu com a Idade Media e se opôs à estética tradicional e à metafísica clássica. O pós-modernismo, por outro lado é eclético, pluralista e mistura tendência opostas.
Como crise de nossa contemporaneidade, afeta na raiz a consciência religiosa e teologal da cristandade. Mais que um desafio, a era pós-moderna é um movimento de descontinuidade da modernidade que não pode ser ignorado, mas compreendido e avaliado segundo a cristocêntrica. A Igreja deve está firme e forte para permanecer leal a verdade de Cristo e negar está filosofia, vejamos por que:  
1. Uma filosofia que nega Deus e leis absolutas: Nossa época é marcada pela negação de Deus, pois o pensamento esta voltado para o homem (antropocentrismo) a idéia é; o homem está sempre melhorando e progredindo, sendo assim o homem não precisa de uma força que o diga o que fazer, pois “o homem é a medida de todas as coisas”. Isso leva a outro grande problema não havendo Deus, tudo é permitido, sem Deus não existe leis morais e absolutas que regem a mundo, o homem cria suas próprias leis, ele define sua moralidade, o que o homem é, é o que ele aceita do tempo e cultura. Este tipo de idéia não é de agora, porém a cada dia que se passa nas escolas, nas academias Deus têm sido deixadas de lado, as leis morais absolutas tem se tornado coisa do passado com a idéia do relativismo.
2. Uma filosofia que nega os conceitos de “certo” e “errado”: No movimento filosófico pós-moderno, o conceito de certo e errado é uma questão de escolha pessoal. Tudo se reduz ao relativismo, o certo e o errado é simplesmente uma questão de cultura e sociedade, não existe um padrão moral universal. Certo para mim pode ser errado para você, e errado para mim pode ser certo para você, isso é lamentável para nosso tempo, a conduta do ser humano é definida por ele mesmo, um exemplo disso é que a sociedade já tem aceitado certas praticas que a muito tempo eram vistas como praticas totalmente condenáveis.
3. Uma filosofia do politicamente-correto: O pós-modernismo é marcado por uma conduta de se aceitar qualquer posicionamento, sem ser questionado. Toda idéia filosófica, pratica religiosa pode ser tolerada, isso porque os pós-modernos entendem o mundo de forma plural ou seja existe uma diversidade no mundo e está diversidade ela deve ser aceita. Tudo bem, realmente existe uma diversidade no mundo, mas o problema dos pós-modernos é que não há um posicionamento contrario a nada, tudo é aceito. Isso não é tolerância; tolerância – do latim telerantia do verbo tolerare  que significa suportar. É uma atitude de respeito aos pontos de vista dos outros e de compreensão para com suas eventuais fraquezas.  
A definição acima não invalida a opinião própria com relação a filosofia e a fé de um individuo, essa atitude dos pós-modernos não significa uma atitude politicamente correta.
Poderia falar muito mais sobre esse movimento, porém fico com estes pontos que acredito que é suficiente esse movimento tem levado aos que a adotam a ter um estilo de vida egocêntrica e hedonista. Como egocentrismo a falta de interesse pelo outro é algo comum  no século XX e uma conduta hedonista vem da doutrina filosofica hedonismo “segundo a qual o prazer individual e imediato é o supremo bem da vida”. O melhor símbolo de hedonismo pós-moderno é o consumismo, que envolve quatro atitudes básicas como finalidade última da vida: ter, comer, beber e folgar.
A Igreja de Cristo não pode ser corrompida por um pensamento assim, a sociedade pós-moderna é uma realidade que a Igreja não deve fazer parte em praticas, o mundo não é o padrão da Igreja.
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Fonte: BENTHO, Esdras Costa. Humanismo pós-moderno um desafia á educação cristã. Ensinador Cristão. Ano 6 – n° 23, p. 49-50  
    
                
        

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Os gatos na Religiosidade.

Muitas pessoas gostam de ter gatos como bichinhos de estimação, são fofinhos, não suja muito, caçam ratos. Sem duvida é um animal muito bom para se criar, principalmente para aqueles que não têm alergia. Para nós é só um animalzinho para se criar, mas o gato é um animal misterioso, é ele que decide á hora de carinho, pois se chamarmos, e ele não quiser, ele não vem, sem falar que é um animal de hábitos noturnos. Pois bem, vamos então falar sobre gatos em algumas culturas e religiões neste artigo.
O gato foi um dos animais mais adorados entre as religiões antigas tanto por sua fecundidade quanto por seus hábitos noturnos, que o tornaram guardião da noite, dos mortos, e dos mistérios da vida e da morte.
Egito: Os gatos eram considerados guardiões do outro mundo, e eram comuns em amuletos. Havia uma deusa chamada Bastet, representada com corpo de mulher e cabeça de gato.
Grecia: Aqui ele é associado à feminilidade, ao amor e ao prazer sexual, atributos de Afrodite e também associado a Artemis, a deusa da casa e da lua.
Roma: O gato esteve ligado a varias deusas. Diana, a caça, governava a fecundidade e a lua, a lenda antiga atribuiu a ela a criação do gato. Venus também era representada como uma gata.
O culto Celta: Na cultura celta a deusa Carridwen tem um elo de com o culto ao gato relativo a fecundidade através de seu filho Taliesin, que em uma de suas encarnações foi descrito como um gato com a cabeça sarapintada.
Escandinávia: Nas lendas Nórdicas Freya deusa do submundo, cuja a carruagem era puxada por dois gatos, que representava as qualidades da deusa, a fecundidade e a ferocidade. Os templos pagãos eram freqüentemente adornados com imagens de gatos. Na Finlândia, havia a crença em um treno puxado por gatos que levava as almas dos mortos.
China: Aqui estatuetas de gatos eram usadas para expulsar maus espíritos, e havia dois tipos de gatos os maus e os bons, que eram facilmente diferenciados porque os maus tinham duas caudas.
Cristianismo: Na era cristã, a “Santa Inquisição” (que de santa não tem nada) o gato passou a ser visto de forma negativa a partir do cristianismo da Idade Media. Essa ligação maligna foi feita justamente porque era um animal que representava os deuses pagãos. Com a Inquisição, tudo que não era da fé católica era do mal e deveria ser queimado na fogueira.
Profissões que tinham ligação com os gatos também foram condenados. As parteiras por exemplo, usavam a deusa Bastet como símbolo e, por isso, foram tachadas de bruxas.
No século 13, o papa Gregorio IX determinou a exterminação de centenas de gatos.
Se você  tem um gato, esse bichinho marcou muito a vida religiosa de vários povos, e até nos dias de hoje ele ainda percorre a cultura de muitas sociedades.       

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Você sabe o que é “o sagrado” nas religiões?

O sagrado descreve a natureza da religião, é o que ela tem de especial. Quero nesse pequeno artigo desenvolver o conceito de dois grandes estudiosos da religião, um deles é o conhecido teólogo alemão Ruldolf Otto, autor de um livro intitulado The Idea of the Holy, publicado pela primeira vez em 1917 como Das Heilige (conhecido no Brasil como “O Sagrado”), sua obra é considerada uma dos mais importantes tratados teologicos do seculo XX. Posso dizer que Otto enchergou a religião do lado de fora, resutando em sua obra que o consagrou. O outro estudioso foi um professor, historiador das religiões, mitólogo, filósofo e romancista romeno, naturalizado norte-americano em 1970. O seu nome é Micea Eliade, é um dos mais influentes historiadores e filósofo das religiões da contemporaneidade e considerado um dos fundadores modernos do estudo das religiões.
A parti dos conceitos que foram elaborado por eles que podemos entender aquilo que define a religião, “o sagrado”. Otto não se preocupou em estudar as ideias de Deus e da religião, ele se aplicou em estudar analizando as modalidades da experiência religiosa, Otto em sua obra “Das Heilige (O sagrado), ele apresenta a ideia do que ele chamou de “ganz andere”, ou seja, aquilo que é totalmente diferente de tudo o mais e que, portanto, não pode ser descrito em termos comuns. O “gans andere” não se assemelha a nada de humano ou cósmico, ou seja o gans andere  é totalmete diferente. A relação do homem com o gans andere gera nele um sentimento de sua profunada nutilidade, o sentimento de “não ser mais que uma criatura”, ou seja, segundo os termos com que Abraão se dirigiu a Deus, de não ser “senão cinza e pó” (Genesis, 18: 27). O sagrado para Otto se manifesta sempre como uma realidade inteiramente diferente das realidades “naturais”, o sagrado é algo que esta além da realidade.
Micea Eliade estende mais a ideia de Otto, ele observa que “o sagrado, se manisfesta, quando algo tarna-se outra coisa  fora da realidade. É a manifestação de algo de ordem diferente de uma realidade que não pertence ao nosso mundo, em objetos que fazem parte de nosso mundo natural, profano” (O sagrado e o profano p. 13). Vou usar o exemplo dele para explicar está tese, o sagrado pode manifestar de uma “forma elementar” em uma pedra ou em uma arvoré, ou em uma “manifestação suprema” como por exemplo para o cristão, a encarnação de Deus em Jesus Cristo, não existindo uma continuação desta manifestação, para o cristão Deus não se manifestara desta forma outraves. Ele usou o termo “hierofania” para definir “manifestação do sagrado”. Com isso Eliade apresenta a tese de que, a pedra sagrada, a arvore sagrada não são adoradas como pedra ou arvore, mas porque são manifestação do sagrado, porque não revela algo que não é nem pedra e nem arvore, mas o sagrado.
Com a ideia de Otto e o posicionamento de Eliade, percebemos que o sagrado é algo que se revela em nosso realidade, causando no homem o encantamento algo que faz parte da Experiência Religiosa, mas ao mesmo tempo “o sagrado” ao se revelar na realidade, não faz parte dela.
Quero concluir que toda e qualquer religião, possui este elemento; o sagrado. Claro que a forma de entender o sagrado varia, mas o elemento que define o sagrado é o mesmo em todas as religiões.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Eterno Desespero: Um pensamento do homem distante de Deus.

O que é a vida sem alguém que a enxergue do lado de fora para organiza – lá? Alguém que á entenda melhor do que aquele que vive, talvez alguém que á criou, sim alguém que é o autor da vida, um Criador; Deus.
Não sei se já parou para pensar, mas nossa existência é muito confusa, não entendemos a nós mesmos em certos momentos, parece que está tudo bagunçado, ai queremos organizar, procuramos meio e meios de organizar a nossa existência, mas de uma hora para outra percebemos que nada tem sentido, o que é o sentido das coisas? O que é um sentido? O que faz sentido? Ai nos deparamos que queremos entender o “sentido”. Ai percebe - mos que não existe sentido sem que Ele nós dê um.
O que é a vida sem alguém que a enxergue do lado de fora para organiza – lá? É tão difícil entendermos á nós mesmos, isso gera um “eterno desespero”, um sentimento de querer conquistar o inconquistável, para mim o inconquistável é entender a razão da nossa existência, de nós mesmos não podemos, pois não somos criadores de nós mesmos, a criatura não entende a si mesma. A busca pelo sentido é nossa odisséia, os monstros dentro de nós nos impedem de chegar à terra firme. Só alguém que sabe muito bem quem somos de verdade pode “derramar” sobre nossas vidas o bálsamo que cura as dores desse desespero.
É difícil aceitarmos que não somos uma obra do acaso, pois queremos ser deuses, auto-criadores de nós mesmos. Isso é o maior desespero, entender que dependemos, na verdade não existe o homem autônomo, ou ele se escraviza naquilo que lhe pode dar sentido ou ele se escraviza naquilo que lhe rouba o sentido. Em fim a vida sem alguém que a enxergue do lado de fora, é um eterno desespero.  
Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência (Jó 38: 4)             

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Homem está morto.

Penso que a humanidade tem se considerado evoluída a cada momento que se passa, a cada dia vemos a tecnologia avançando para o “bem estar” do homem. O homem com seu espírito indomável têm a cada dia se divinizado com suas descobertas na área da tecnologia, é este homem que deixou tão somente de ser homo sapiens para ser homo faber. O termo homo sapiens enfatiza a característica humana de conhecer a humanidade, de ter consciência do mundo e de si mesmo, homo faber é usado quando nos referimos à capacidade de fabricar utensílios, com os quais o homem só torna capaz de transformar a natureza. São dois aspectos que formam o humano, pensar e agir são inseparáveis, isto é, o homem é um ser técnico porque tem consciência, e tem consciência porque é capaz de agir e transformar a realidade.
Pois bem só que estes dois aspectos estão se desmembrado, o homem agir está se desfazendo do homem pensar. Uma pergunta que é a chave para este pensamento; é. O homem entende hoje sua realidade? O que ele faz, esta de acordo com a sua realidade? O que é realidade para nós? É a mesma realidade do outro? O homo faber enterrou o homo sapiens, o homem que entende o seu meio e que pensa para progredir.
O homem faber, é este homem que utiliza a técnica para o seu desenvolvimento, ele criou utensílios para o seu desenvolvimento, estes utensílios que em principio era necessário a energia humana, servia pois de suplemento humano, porém a técnica desenvolveu a maquina, que já não era necessário a energia humana só utilizando uma participação do homem em sua regulagem, em seguida a técnica desenvolveu o autômato que não necessita mais da ação humana pois é capaz de controlar e regular seu próprios movimentos, um exemplo deste ultimo estagio da técnica é a cibernética, do grego “kybernetike” , isto é, “techne kybernetike” “arte do piloto”. O que eu quero dizer com isto tudo? O homem matou a si mesmo. Não quero dizer que o desenvolvimento humano não é valido, mas pense comigo; o homem se desenvolveu em técnica (homo faber), mas não o humano (homo sapiens).
Essa perspectiva não é uma idéia surgida do nada, já na época das Luzes (séc. XVIII), Rousseau contrariava a perspectiva otimista que a maioria depositava nas vantagens do desenvolvimento técnico, denunciando o avanço da desigualdade entre os homens. Os “quebradores de maquinas” operários do século XVIII que viviam na região de Lancashire, na Inglaterra fizeram diversos movimentos durantes os quais eram destruído as maquinas das instalações fabris, isso mostra-nos o homem sapiens ainda reagindo a sua morte, mas hoje não posso dizer o mesmo, pois o homem está mais e mais dependente daquilo que ele cria, se tornou um escravo do seu tempo, posso até dizer que o homem a cada dia se torna um objeto nas mãos de um objeto, aquilo que ele criou.
Considerando este “grande passo da humanidade” não me resta considerar que o homem esta morto, os valores que permeavam a mente do homem morreu. Como eu costumo dizer “o homem é o causador da sua própria falência”