
O teísmo aberto tem origem na teologia do Processo. Surgida na década de 30, a teologia do processo, tendo como principais representantes Charles Hartsnorne, Alfred North Whiteread e John Cobb, é uma tendência filosófica-teologica chamada paneteista¹, que consiste na aproximação do pensamento teista e panteísta. O termo Teismo Aberto seria cunhado pelo Adventista Richard Rice em 1979, quando publicou pela Rewiew and Herold Publishing, o livro “A Abertura de Deus: a Relação entre Presciência Divina e o Livre- Arbitrio.”
O Teismo Aberto defende que Deus se relaciona (também esse tipo de teologia pode ser chamada de Teologia Relacional) com o homem, em detrimento de sua onisciência que seria prejudicada com a dádiva do livre-arbítrio: Deus saberia o futuro, mas não todo o futuro, pois esse futuro ainda não teria existência na presença de Deus, dado o livre-arbítrio do homem concedido por Deus. O Teismo Aberto é uma tentativa de contraria a Doutrina Calvinista da Soberania de Deus. Clarck Pinnock e John Sanders tornaran-se os principais teólogos defensores desse ensino. No Brasil os expoentes sobre a impossibilidade de onisciência plena de Deus são, Ricardo Goldim e Ed Renê Kvitz. Kvitz na sua obra “Vivendo com Propósito” lançado pela editora Mundo Cristão afirmou:
“Um Deus que não se esvazia é um Diabo. Deus não age como tirano e não força seu poder para cima de suas criaturas sob pena de esmaga-las, tirandolhe todo o espaço de liberdade de que precisam para existir. Deus não invade. Não Usurpa. Não manipula”
A idéia do esvaziamento de Deus é usada na teologia relacional (Teismo Aberto), para afirmar que “Deus precisa deixar de ser Deus, tornar-se menos onisciente e onipotente para que não seja responsabilizado pelo sofrimento humano”. Pois bem, essa é a explicação que está teologia dá para o papel de Deus no sofrimento humano, Deus não conhece o futuro, Ele não sabia o que ia acontecer por estes dias no Japão. Toda essa doutrina é justificada na explicação de que Deus é amor, e este amor o esvazia de certos atributos para se relacionar com o homem.
Sem duvida essa é uma explicação muito barata sobre Deus e o sofrimento do homem (ver artigo “Deus por acosso é masoquista?” de minha autoria publicada em Janeiro). Deus com certeza sempre será Deus sem haver a necessidade de esvaziar a si mesmo, para se relacionar-se com o homem, pois Ele já se relaciona. E Deus não é culpado por nenhum sofrimento humano, mas o próprio homem depravado por causa do pecado é a causa do seu sofrimento, tudo começou da queda do homem, até mesmo a própria criação sofreu com isso (ver. Gn 3: 16-18). A realidade, é que precisamos reconhecer que Ele é Deus Soberano e independente do que homem pense sobre Deus, Ele nunca deixara de ser Deus.
_________________________________
¹paneteismo: (ou kausismo) é uma doutrina que diz que o universo esta contido em Deus, diferente do panteísmo, onde Deus está contido no universo.
Fonte: Wikipédia.org/wiki/Teismo_ Aberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário