sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Teologia e Evangelização


Quando se fala de teologia logo se pensa em um monte de questões polemicas que só estão no campo das ideias e que não fazem parte da pratica da Igreja, ou seja, o fazer teológico se resume tão samente a questões teóricas e não praticas. Já no que se diz respeito à Evangelização, ai sim é a pratica da Igreja, à atividade da igreja que tem como características à ação da mesma no mundo. Isso resulta então, em uma dicotomia que faz distanciar a teologia da evangelização.

Isso infelizmente é um dos grandes problemas da igreja, pois acaba tornando a evangelização mais um ativismo evangélico, que não possui uma motivação, conteúdo e propósitos sólidos. Não se pode de maneira alguma desassociar as duas coisas, pois sem teologia não temos evangelização. Pois qual seria a mensagem da Igreja sem teologia? Como diz Orlando Costas: “[...] a teologia é a espinha dorsal da Igreja [...] A Igreja necessita entender sua mensagem para poder ser verdadeiramente Igreja.” Da mesma forma não podemos pensar que se faça teologia sem evangelização, pois o labor teológico tem que ter uma finalidade pratica. Sem á qual a teologia não passaria de um mero discurso.

Quando se entende a função da teologia na pratica evangelizadora passasse á compreender que a evangelização necessita de conteúdo. Qual seria esse conteúdo? No caso seria o kerygma, a natureza da evangelização é querigmatica, e aqui o uso do termo se refere ás boas noticias (evangelho) da realização em Jesus Cristo do propósito redentor de Deus, que foi revelado no decorrer da historia humana e teve em Jesus Cristo seu desfecho através de sua encarnação, morte, ressurreição, ascensão e terá sua consumação na parusia. O conteúdo desta mensagem é puramente teológico, porque diz respeito ao plano eterno de Deus na historia para humanidade. A teologia tem como papel principal então definir o conteúdo da pratica evangelizadora, sendo assim a evangelização torna-se eficaz e objetiva.

Agora quando refletimos na importância da evangelização para a teologia, temos uma teologia em ação. Orlando Costas vai dizer: “De igual modo, uma atividade de indiferença em relação à evangelização, seria o fim da teologia como espinha dorsal da Igreja”. Como a teologia nos possibilita o conhecimento de Deus exposto e declarado em Jesus Cristo e sua obra, que é o conteúdo do evangelho, logo se faz necessário que a teologia reconheça e considere seu caráter soteriologico, como verdade redentora. Seu conteúdo por sua vez é muito mais do um conjunto de conclusão cientificas, ele é transformador.

A teologia parte do pressuposto da iniciativa de Deus em se auto-revelar a humanidade a fim de salvá-la. Orlando Costas que já foi mencionado anteriormente faz a seguinte resalva: “A auto-revelação de Deus indica que o propósito único da teologia é, [...] o conhecimento pessoal de Deus, e as repercussões verticais e horizontais que a nesse conhecimento a adoração e a piedade”. Sendo assim, vemos a teologia ganhando vida por causa da sua função querigmatica.

Portanto não se faz evangelização sem teologia e nem teologia sem evangelização. O distanciamento de ambas acaba levando a uma ineficiência das mesmas. Teremos uma teologia sem finalidade e uma evangelização sem conteúdo. Evangelização e teologia andam juntas.              

domingo, 27 de janeiro de 2013

Sermão: Oração do Aflito – Exposição do Salmo 88


Introdução:

1.   Muitos de nós temos conhecimento do seguinte verso: “...o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” (Sl 30. 5), mas permita-me perguntar: E quando essa alegria não vem? Essa pode ser uma realidade na vida de muitos crentes, que infelizmente tem passado por periodos longos de sofrimente. O salmo 88 retrata a oração de um aflito que tem enfrentado um sofrimento que a certo ponto tem cosumido toda a sua expererança.

 

2. Os Salmos sempre fizeram parte da vida piedosa da Igreja, e percebemos isso na declaração de Paulo em Efesios 5: 18-19. “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração.” Os Salmos são verdadeiras orações cantadas pelo povo judeu, onde expressavam os mais intimos sentimento contidos na alma do Salmista. Como disse Atanasio de Alexandria (IV a V A.D) os salmos são:um espelho no qual se refletem as emoções”. Nos Salmos encontramos Deus se revelando por intermedio das emoções humanas.

 

3. No salterio encontramos varios tipos de salmos (ou categorias de salmos): Hinos, Lamento, Salmos Reais, Ações de Graça, Sapienciais e Mistos. O Salmo 88 está na categoria de Salmos de Lamentações, e aqui se trata de uma lamentação individual, de alguem que reclama a Deus por sua condição.

 

4. No paragrafo deste Salmo se tem a informação de sua autoria, fazendo referencia a Hemã o ezraíta. Não se sabe muito sobre este Hemã, mas se for o mesmo Hemã de 1Reis 4: 31 ele é indentificado entre um dos homens mais sabios conhcido na terra, e de acordo com algumas informações no livro de Crônicas, este seria um levita, cantor e compositor de Israel (1Cr 6:33, 15:17). Pela discrição nos versos 4, 8 provavelmente ele estava acometido de Lepra (ver leis acerca da lepra em Levitico 13, 14). .

 

5.    Não pretendo fazer nenhuma apologia ao sofrimento, mas tentar tarzer uma reflexão acerca de uma realidade comum a todos.

EXPOSIÇÃO DO SALMO

Este salmo pode ser dividido em cinco partes:

I.              Suplicas á Deus para que o ouça (vs. 1-2).

i.i.  Aqui literalmente a salmista expressa que sua oração é colocada diante de Deus. Ele preparasse para falar da sua condição, e ele tem um desejo, de que Deus se incline (נטה - natah), tendo um sentido de abaixar-se, inclinar, curvar. Este salmista almeja que Deus o atenda.

II.            Descrição do seu sofrimento (3-8).

ii.i. Temos em sua descrição um homem:

a.    Em estado de humilhação. “Sou contado com os que baixam à cova” (v.4). A palavra “cova” (באש - b ̂e’osh) que significa também poço, cisterna, mas talvez o sentido aqui, seja de um lugar de mau cheiro, de odor repulsivo. Talvez descrevendo o seu estado físico causado pela doença, a lepra.

b.    Em um estado de desamparo, sem ajuda (vs. 4).

c.    Abandonado por não haver mais solução (vs. 5). Talvez fazendo alusão aos feridos de guerra que eram abandonados no campo de batalha.

 

III.           Atribui a Deus sua condição (vs. 6-8).

iii.i. Isso faz parte da consciência judaica que atribui a Deus todas as coisas, sejam boas ou más. No Judaismo se entendia que o autor das aflições era o proprio Jeova. Assim diz no profeta Isaias 48: 10: Veja, eu refinei você, embora não como prata; eu o provei na fornalha da aflição. (NVI)”    

IV.          Argumenta com Deus (vs. 9-12).

iv.i. O seu argumento se concentra no fato de que estando vivo será um adorador na terra dos viventes. A expressão Abadom se referesse: “aquele que governa as regiões do inferno”

V.           Insiste em orar mesmo sem esperança de obter resposta (vs. 13).

v. i. O salmista não cessa a sua oração por socorro, mesmo sem obter resposta. Diferente dos demais salmos de lamentações este salmo termina sem esperança, a ultima palavra do salmo é “trevas” que no hebraico (מחשך machshak) que quer dizer trevas. (vs. 18 cf: 86: 17; 102: 28).

APLICAÇÃO:

1.    Mesmo os homens mais santos e fieis, não estão isentos de sofrimento.

2.    Esses períodos podem durar muito tempo.

3.    Esses sofrimentos sobrevém para mostrar o quanto nós somos fracos.

4.    Isso existe para lembrar o nosso pecado.

5.    Nada é mais triste do que sentir a falta de comunhão com Deus.

6.    Não devemos parar de orar.

Conclusão:

O nosso salmista encerra a sua oração sem experança, mas ele á inicia com a conciência de que Deus é o único que pode socorrelo desta grande aflição:

 צעק ליל יום ישועה אלהים יהוה

Y ̂ehovah elohiym y ̂eshuw Ìah yowm leyl tsa Ìaq...

Ó Jeova, Deus da minha salvação...

Para ele, Deus é o seu libertador, aquele que lhe daria a vitoria. Em sua oração sempre inicie com está fé, de um Deus salvador, que intervem em nossas aflições.       

 

 

 

.

 

 

      

sábado, 15 de setembro de 2012

Max Weber: vida e pensamento do sociólogo alemão[i].

Por: Romário Evangelista Fernandes.
Resumo:
O presente artigo aborda a vida e obra de um dos teóricos da sociologia mais importantes. Disputando lugar com Karl Marx e Emili Durkheim, o alemão Max Weber, que nasceu na cidade de Erfurt, inicia sua vida acadêmica em Heidelberg no direito, mais além disso ele estuda historia, economia e filosofia. Uma de suas obras mais conhecidas é; “Ética protestante e o espirito do capitalismo”, onde ele analisa que o estilo de vida dos protestantes contribui-o para o desenvolvimento do capitalismo. Weber desenvolveu seu pensamento observando o próprio individuo, para ele o individuo é o responsável pela ação social, diferente do que pregava o positivismo. Para ele ação social é a conduta humana dotada de sentido, onde o individuo age levado por motivos que resultam da influência da tradição, dos interesses racionais e da emotividade. A tarefa do cientista é descobrir os possíveis sentidos das ações humanas presentes na realidade social que lhe interesse estudar. É de Weber o método de construção conhecido como tipo ideal. Para se chegar ao entendimento destes sentidos Weber desenvolve um instrumento de construção teórica que serve de modelo abstrato para a analise de casos concretos que fazem parte da realidade. A pesquisa feita pelo cientista deve se baseada nesse tipo ideal. Diferente do pensamento de Durkheim, que afirmava que o cientista deveria agir com neutralidade em sua pesquisa sociológica, pois a sociedade não passava de um objeto de estudo. Weber acreditava que o cientista como todo individuo age guiado por motivos, sua cultura, sua tradição. Qualquer que seja a perspectiva adotada por um cientista, ela será sempre parcial, porém Weber alerta para que a pesquisa não venha ser influenciada pelos pressupostos do cientista. A contribuição de Weber é bastante relevante a ciência das sociedades.
Palavra Chave: sociologia, sociedade, Weber, pesquisa;      



Introdução.
No período em que a Alemanha se unifica e se organiza como estado nacional mais tardiamente que os conjuntos das nações da Europa, o que atrasa a sua corrida industrial e imperialista a segunda metade do século XIX. Esse descompasso em relação às grandes potências vizinhas fez elevar no pais  interesse pela historia como ciência da integração, da memoria e do nacionalismo. Por isso o pensamento alemão se volta para a diversidade, enquanto o francês e o inglês[ii], para a universalidade.
A sociologia Alemã segue por outros caminhos metodológicos, nesse ponto o pensamento sociológico alemão se preocupa com o estudo da diferença, características de sua formação politica e de seu desenvolvimento econômico. Cristina Costa acresce ainda que “a herança puritana com seu apego à interpretação das Escrituras e livros sagrados” influência no pensamento alemão (COSTA, 1997, p. 70).[iii] Esse tipo de associação entre a historia e o esforço interpretativo e facilidade em discernir diversidades caracteriza o pensamento alemão e quase todos os seus cientistas.
A sociologia alemã neste contexto teve como seu sistematizador, o alemão Max Weber. Ele foi o grande pensador da sociologia alemã, considerado fundador de uma das três vertentes fundamentais da sociologia moderna, disputando espaço com as formulações teóricas de Karl Marx e Emile Durkheim.
VIDA E OBRA.
Max Weber nasceu em 21 de abril de 1864, na cidade de Erfut (Alemanha). Max era o primogênito dos oito filhos da família Weber. Seu pai, era jurista e politico influente do partido Nacional-Liberal, transformou sua casa em um fórum permanente de discursão da vida nacional, frequentado por muitos políticos e intelectuais. Sua mãe era protestante e, ao contrario do marido, era introspectiva e metódica e extremamente moralista. De ambos teria herdado o seu estilo de vida paradoxal.
Aos 18 anos ingressa na Faculdade de Heidelberg, mas teve que interromper os estudos por um ano ao serviço militar obrigatório. Sua formação acadêmica foi vastíssima além de estudar direito, enveredou-se pelos estudos de historia, economia, filosofia e teologia.
No ano de 1895 inicia a sua carreira de professor em Berlim, como ao mesmo tempo servia de assessor do governo. Durante um tempo, entre 1900 e 1918, ficou afastado do magistério por conta de um colapso nervoso. No período que ficou afastado, colaborou em diversos jornais alemães e realizou diversas pesquisas.
Talvez a obra mais significativa de Weber seja; Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo. A tese geral da obra gira em torno do seguinte pensamento: há algo no estilo de vida daqueles que professam o protestantismo que favorece o espirito do capitalismo. Neste livro o autor se dedica a comprovar essa tese na seguinte analise:   
1.    O ascetismo cristão observou Weber, provocava uma adequação ao mercado de trabalho. Os cristãos protestantes puritanos ao renunciarem os prazeres do mundo se voltavam para o trabalho acumulando o capital e reinvestindo de forma produtiva.
2.    A relação entre a religião e a sociedade não se da por meios institucionais, mas por valores introjetados nos indivíduos e transformados em motivos da ação social[iv]. Weber via que a motivação do protestante era sua consciência de vocação para o trabalho, como fim absoluto em si mesmo, e não o ganho material obtido por meio dele.
3.    É observado que os protestantes viam a necessidade de exercer o trabalho de forma mais metódica possível, com o maior grau de racionalização, otimizando os recursos e maximizando os resultados, como era compatível com a conduta dos eleitos, que não estavam em busca do reconhecimento neste mundo, mas de realizar o que é agradável a Deus. Sobre isso ele escreve: “...tentou penetrar exatamente naquela rotina diária com sua meticulosidade e amoldá-la a uma vida racional, mas não deste mundo, nem para ele...”  (WEBER, 2005, p. 76)[v].
Em suma Weber chega à conclusão que ao ascetismo intramundano praticado pelos puritanos, com seu elevado grau de racionalização engendrou o espirito do capitalismo, produzindo empresários e trabalhadores ideais para a consolidação de uma nova ordem social. A ética protestante e o espirito do capitalismo, ainda é uma das abras que mais se destacam, pelo seu método de analise.
PENSAMENTO.
O pensamento de Weber é um verdadeiro contraste ao positivismo, isso por questão de contesto como vimos na introdução. Weber desenvolveu seu pensamento em cima do método de “compreensão”. Ele procurou compreender o individuo, pois para Weber é o individuo que dá sentido a ação social. Veremos três aspectos do seu pensamento.
a.    A ação social: uma ação com sentido.
No pensamento weberiano o homem passou a ter significado e especificidade. É ele que dá sentido a sua ação social, ele é responsável por estabelecer a conexão entre o motivo[vi] da ação, a ação propriamente dita e seus efeitos.
Para a sociologia positivista, a ordem social submete os indivíduos como força exterior a eles. Weber pensa diferente, não existe oposição entre individuo e sociedade: as normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em   cada individuo sob a forma de motivação, ou seja, o motivo orienta a ação do individuo. O motivo que transparece na ação social permite desvendar o seu sentido, que é social na medida  em que cada individuo age levando em conta a resposta ou a reação de outro indivíduos. Por exemplo, o simples ato de enviar uma carta se decompõe em uma serie de ações sociais com sentido; escrever, selar, enviar e receber, que terminam por realizar um objetivo. Por outro lado, muitos agentes estão relacionados a essa ação social, como por exemplo, o atendente, o carteiro e etc. Essa interdependência entre os sentidos das diversas ações, mesmo que orientadas por motivos diversos, é que dá a esse conjunto de ações seu caráter social. Professora Themis observa: “Só existe ação social quando o individuo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais” (ANDREA, 2012, p. 13)[vii].
A parti de sua definição Weber estabelece quatro tipos de ações de acordo com o modo em que os indivíduos se orientam:
  1. Ação social racional com relação á fins: A ação é estritamente racional. Tornando-se um fim e este é, então, racionalmente buscado. Há à escolha dos melhores meios para se realizar um fim.
  2. Ação racional com relação a valores: Não é o fim que orienta a ação, mas o valor seja este ético, religioso, politico ou estético.
  3. Ação social efetiva: A conduta é motivada por sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc...
  4. Ação social tradicional: Tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos arraigados. 
Deve-se esclarecer que a ação social weberiana não é o mesmo que relação social. Pois para que se estabeleça uma relação social, é preciso que o sentido seja compartilhado. Por exemplo, um sujeito que pede uma informação a outro estabelece uma ação social: ele tem um motivo e age em relação a outro individuo, mas, tal motivo não é compartilhado. Numa sala de aula, onde o objetivo da ação dos vários sujeitos é compartilhada, existe uma relação social.
b.    O tipo ideal.
Para atingir os fatos sociais, Weber propôs um instrumento de analise que chamou de tipo ideal. Trata-se de uma construção teórica abstrata a partir dos casos particulares estudados.  
O tipo ideal serve de modelo para a analise de casos concretos, realmente existentes. Observe o exemplo da sua definição do patrício romano no auge do império na obra As causas sociais da cultura antiga:
“O tipo do grande proprietário de terra romano não é o do agricultor que dirige pessoalmente a empresa, mas é o homem que vive na cidade, pratica a politica e quer, antes de tudo, receber rendas em dinheiro. A gestão de suas terras está nas mãos dos servos inspetores” (COSTA, apud, WEBER, p.75, 1992)
Na concepção de Weber o tipo ideal é um instrumento de análise sociológica para o apreendimento da sociedade por parte do cientista social com o objetivo de criar tipologias puras, destituídas de tom avaliativo, de forma a oferecer um recurso analítico baseado em conceitos, como o que é religião, burocracia, economia, capitalismo, dentre outros.
c.    A tarefa do cientista.
A tarefa do cientista para Weber era descobrir os possíveis sentidos da ação humana. Sua meta é compreender, buscar os nexos causais que deem o sentido da ação social. Aqui Weber discorda de Durkheim, que considerava a sociedade como objeto de estudo do cientista, sendo assim ele deveria ser imparcial com relação à sociedade (agir com neutralidade).
Weber dizia que o cientista, como todo individuo em ação, age guiado por seus motivos, sua cultura, sua tradição. Qualquer que seja a perspectiva adotada pelo cientista, ela será sempre parcial. Mas Weber não descarta a objetividade na analise dos acontecimento, pois a tarefa cientifica não deveria ser dificultada pelas crenças religiosas e ideias do cientista.


Conclusão.
Weber teve uma contribuição importantíssima para o desenvolvimento da sociologia. Observe as palavras de Cristina Costa:
“...seus trabalhos abriram as portas para as particularidades históricas das sociedades e para a descoberta do papel da subjetividade na ação e na pesquisa social. Weber desenvolveu sua analise de forma mais independente das ciências exatas e naturais. Foi capaz de compreender a especialidade das ciências humanas como aquelas que estudam o homem como um ser diferente dos demais e, portanto, sujeito a leis de ação e comportamento próprias.”(COSTA, 1997, p. 77).
 O pensamento deste sociólogo influenciou muitos outros, como Sombart,[viii] também um estudioso do capitalismo ocidental. O trabalho de Weber ainda é de muita relevância para a pesquisa sociológica usando o método de compreensão.
Referências.
ANDRÉA, Themis., Apostila de Introdução a Sociologia., CTTHG., 2012.
COSTA, Cristina. Introdução a Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2 ed. – São Paulo: Editora Moderna, 1997.
WEBER, Max., A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo (Coleção a obra prima de cada autor)., São Paulo - Ed. Martin Claret., 2005.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Werner_Sombart. Acesso em: 14 de dez. 2012.



 
  
            


[i] O presente artigo é o trabalho exigido na disciplina de Introdução a sociologia.
[ii] O desenvolvimento da indústria e a expansão marítima e comercial colocaram esses países em contato com outras culturas e outras sociedades, obrigando seus pensadores a um esforço interpretativo da diversidade social. O sucesso alcançado pelas ciências físicas e biológicas, impulsionadas pela indústria e pelo desenvolvimento tecnológico, fizeram com que os primeiras escolas sociológicas fossem fortemente influenciadas pela adaptação dos princípios e da metodologia dessas ciências à realidade social. 
[iii] COSTA, Cristina. Introdução a Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2 ed. – São Paulo: Editora Moderna, 1997.
[iv] No sistema weberiano o que causa significado e especificidade é o individuo. Este ponto difere-se do pensamento positivista, que acredita que a ação social é causada por forças externas.

[v] WEBER, Max., A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo (Coleção a obra prima de cada autor)., São Paulo - Ed. Martin Claret., 2005.
[vi] Segundo Weber, cada individuo age levado por motivos que é o resultado de influência da tradição, dos interesses racionais e da emotividade.
[vii] ANDREIA, Themis., Apostila de Introdução a Sociologia., CTTHG., 2012.
[viii] Werner Sombart (Ermsleben, Saxônia-Anhalt, 19 de Janeiro de 1863Berlim, 18 de Maio de 1941) foi um sociólogo e economista alemão. Figura de destaque da Escola historicista alemã, Sombart está entre os mais importantes autores europeus do primeiro quarto do século XX, no campo das Ciências Sociais.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O dilema do pós-moderno.

Já é muito comum no meio acadêmico e social a idéia de que não existe verdade absoluta, pois bem esse é o conceito da sociedade pós-moderna, isso tem implicado de tão grande forma para a cultura do nosso país, que estamos assistindo as mudanças morais, éticas científicas e sociais que não levam mais em conta verdades que antes eram tidas como responsáveis pela conduta do ser humano.
A marca da pós-modernidade é essa negação de uma verdade universal. Os pós-modernos são desconfiados de qualquer tipo de forma racional e lógica. Eles especialmente não gostam de discutir a verdade em termos proporcionais claros, isso porque não gostam da clareza e inflexibilidade requerida para lidar com a verdade na forma proposicional, são flexíveis a qualquer tipo de “verdade” e aceitam de forma amigável qualquer tipo de posição que se afirme como verdadeira.
A forma mais simples de qualquer verdade é a proposição, o ponto de partida do pós-moderno é o seu desprezo por qualquer alegação a verdade. A verdade não é absoluta para o pós-moderno, pelo fato de que a verdade é relativa, ela se encontra em qualquer forma de pensamento, não existe uma negação a essa verdade, pois ela não é universal, mais plural e ela esta de conformidade com a cultura que se desenrola no decurso da historia.
John MacArthur Jr, em um artigo intitulado “A pós-modernidade e a Lógica”, com muita propriedade afirmou:
para manter a ambigüidade e a maleabilidade da “verdade” necessária para a perspectiva pós- moderna, proposições claras e definitivas devem ser rejeitadas como um meio de expressar a verdade...”  
Então para o pós-moderno a verdade está onde ela se apresente rejeitando toda preposição. Mas, entramos em um dilema aqui. A verdade sendo concebida pela pós-modernidade como plural, sem preposições, isso não seria já uma preposição formulada pelo seu pensamento? Não havendo verdade absoluta, isso já não seria uma verdade absoluta? Dizer que não existe verdade, não seria usar de preposição?
A preposição usada pela pós-modernidade é a idéia de uma negação de uma verdade universal (absoluta). Com certeza esse deve ser um dilema pra o pós-moderno, negar a sua negação. O que negar afinal de contas, que não existe verdade absoluta ou negar a verdade da negação da verdade?  Pense nisso.     
             

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sermão: Maravilhosa Graça – exposição de Efésios 2: 1-10.

Introdução.
1. A carta aos Efésios sem duvida é uma missiva que chamou a ainda chama a atenção de muitos estudiosos e cristãos que se dedicam a sua leitura. David Hale em sua Introdução ao N.T afirmou que “Se fosse realizada uma eleição para decidir qual seja a maior das cartas de Paulo, Romanos seria escolhida; mas, a Epistola aos Efésios seria uma segunda, muita próxima.” João Calvino dizia que ela era a sua favorita. Samuel Coleridge, um grande poeta e filosofo do século passado, chamou-a de a mais divina composição literária.  
2. Os primeiros capítulos da carta nos revelam o propósito eterno de Deus para com os seus Santos, a Igreja. Esse propósito foi executado na obra redentora de Cristo, e pela ação cotidiana do Espírito Santo na vida dos crentes (Ef 1. 1-23). Então, no capítulo 2 o apostolo nos mostra que esse propósito de reconciliar o ser humano com sigo foi possível mediante a sua graça leal e eterna (1. 1-10). Vejamos então o ensino de Paulo, sobre a graça que foi poderosa para nos reconciliar com Deus.
I. NOSSA CONDIÇÃO (v. 1-3).
i. Mortos (v. 1).
a) A expressão de Paulo não é uma figura de linguagem, mas o estado espiritual real daqueles que se encontram em estado de indiferença com Deus por causa do pecado, “o salário do pecado é a morte...” (Rm 6. 23a).
ii. Escravizados (v. 2-3a).
a) do “curso deste mundo” – o sistema corrompido pelo pecado nos prendia, com suas idéias e filosofias, o tipo de vida que o mundo exigia de nós, nós vivíamos.
b) “do príncipe da potestade do ar” -  Satanás que atua como “pai da mentira” conduzia-nos ao pecado cegando o nosso entendimento como Paulo diz em 2Co 4. 4; “os quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da gloria de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”     
c) da “vontade da carne e dos pensamentos” – longe de Deus o que regia a minha vida era eu mesmo, e tudo que fazia não correspondia as exigências de Deus, para uma vida de santidade.
iii. Condenados (v. 3b).
a) A ira de Deus significa hostilidade pessoal, reta e constante de Deus contra o mal, a santidade de Deus condena o pecado.
II. O QUE DEUS FEZ?
i. Nos vivificou-nos, deu vida (v. 5).
a) antes mortos, agora vivos, pois Deus está presente na minha e na sua vida.
ii. Ressuscitou-nos (v. 6b). 
a) ressuscitamos juntamente com ele, para uma nova maneira de viver. Como Paulo diz; “Portanto, se fostes ressuscitado juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado a direita de Deus.” (Cl 3: 1). A seguir nesse texto o apostolo mostra para que morremos e para que vivemos (v. 5-17).
iii. Exaltou-nos, nos fez assentar nos lugares celestiais (v. 6b).
a) essa expressão de Paulo revela a nossa nova cidadania. Somos cidadãos do céu; “Pois nossa pátria está nos céus...” (Fl 3: 20a).
III. PORQUE DEUS FEZ ISSO?
i. Sua misericórdia (v. 4a).
ii. Seu amor (v. 4b).
iii. Sua Graça (v. 5,8).
vi. Sua bondade (v. 7).
IV. COMO DEUS FEZ ISSO?
i. Não de nós e por nossas obras (v. 8b-9).
ii. Mas pela graça, por meio da fé (v. 5).
Conclusão:
Podemos dividir este texto em três tempos: passado, presente e futuro.
1. No passado ele apresenta o que éramos.
2. No presente apresenta o que somos.
3. E no futuro apresenta o que seremos. No verso sete a igreja será a demonstração eterna graça de Deus, ou seja, o testemunho da manifestação de Deus e do seu poder.
A graça de Deus é leal e eterna para livrar qualquer individuo que se encontra em condição de indiferença com Deus, é poderosa para livrar da morte, escravidão e condenação do pecado e ainda fazer-te testemunha do poder de Deus.